terça-feira, 2 de setembro de 2008

Caos na Saúde de Paulínia

Usuários reclamam de demora no atendimento do hospital de Paulínia


Em uma semana, duas reclamações foram feitas ao TodoDia sobre demora de quatro a seis horas no atendimento no pronto-socorro do Hospital Municipal Vereador Antonio Orlando Navarro, em Paulínia. Ontem, um funcionário público estadual ficou seis horas na fila para passar seu filho por consulta. Segunda-feira passada, pacientes reclamaram da demora de pelo menos quatro horas. O antigo pronto-socorro foi derrubado e no seu lugar está sendo construída uma nova unidade de emergência, que deve custar R$ 35,4 milhões aos cofres públicos.

Um funcionário público estadual que pediu anonimato ficou ontem das 8h às 14h no PS para passar o filho de 14 anos por consulta. A suspeita era que estava com sinusite. O médico receitou xarope e dipirona e não pediu raio-x. Ele disse que não adianta ir na Unidade Básica de Saúde do Centro porque o encaixe é difícil e é comum ser encaminhado ao PS para fazer exames. Segundo ele, dois clínicos gerais atendiam ontem, mas um deles era deslocado quando ocorriam emergências e apenas um atendia as consultas.

Semana passada, a demora também revoltou o empresário José Milton da Silva. Isso porque acompanhava uma senhora de 74 anos com fortes dores de cabeça ficou mais de três horas na fila. “É uma vergonha isso aqui. É uma falta de respeito”, desabafou o empresário. A dona de casa Vani dos Santos, 45, confirmou a demora de quatro horas semana passada, e ainda reclamou da dificuldade em obter o remédio controlado Tilex, usado para aliviar as dores do marido que está com câncer.

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que as emergência e urgências, que colocam em risco à vida dos pacientes, foram atendidas de imediato e se houve demora no atendimento era porque os casos não se enquadravam como urgentes. Negou a falta de médicos e orientou os pacientes a registrar reclamações com as assistentes sociais ou com os diretores do hospital. A orientação é que os pacientes procurem os postos porque o pronto-socorro destina-se a atendimento de pacientes graves. Ainda orientou a dona de casa a trocar o Tilex - que não consta na cesta básica de medicamentos - pelo Tramal, remédio similar com o mesmo princípio ativo.

Fonte: Jornal TodoDia

3 comentários:

Anônimo disse...

Que cara de pau, para não falar hipocrisia....

"se houve demora no atendimento era porque os casos não se enquadravam como urgentes"

Vemos várias vezes o descaso no atendimento, falta tudo, atendimento, materiais, medicamentos, até papel higiênico nos banheiros...

Mais do que isso, falta respeito ao ser humano!

E depois dizem que é "Cidade Feliz"

Anônimo disse...

O que não esclarecem é para quem a "Cidade é Feliz":
Os q. não precisam dos serviços públicos....
Os q. tem cargão na Prefeitura...
Os vereadores e seus parentes...
Para eles não existe cidade mais feliz!!!!!

Anônimo disse...

Moro em Paulínia há 25 anos e esse é pior caos na saúde que eu já vi.

Dia 1 de Setembro, dei entrada no pronto socorro com uma crise de asma, com falta de ar e muita tosse, às 12:14hs; Fui atendida às 17hs. O médico me mandou para a consulta foi de cinco min e ele me mandou para a medicação. Entrei na sala de medicação às 17:30. Aplicaram soro na veia e inalação, eu acredito que por falta de alimentação (estava sem comer nada desde às 8hs)minha pressão caiu e fiquei muito mal. Sai da medicação com tonturas e fui para a recepção esperar o retorno no médico, às 18:30 notei que o médico do consultório 3 não estava atendendo mais, perguntei para o guarda se minha ficha tinha ido para o consultório e por que o meu médico não estava atendendo mais. Ele me disse de forma muito mal educada que meu médico estava atendendo a emergência e que eu tinha que ter paciência, pois tinha gente sendo atendida que havia chegado às 13hs. Respondi: "Legal! Eu cheguei ao meio dia, estou sem almoço e sem café", e sai. Já era 19:15 e eu ainda não havia retornado ao médico. Desisti, voltei para casa, morrendo de vontade chamar a imprensa e pensando no que estão fazendo com o meu dinheiro, pois eu sou atriz e o Magia do Cinema só me chama para figuração e me paga R$50,00; R$80,00 e os Globais, como o Serginho, vem apresentar o Festival de Cinema e recebe R$50.000,00. Eu além de pagar o sálario dele com o meu imposto, não consigo trabalhar dignamente na minha profissão, em uma estrutura construida com o meu imposto e ainda tenho que pagar um plana de saúde para não vir a ter sérias complicações.

Será que existe alguém no poder que realmente pensa ou pensará na população?