sexta-feira, 28 de julho de 2006

FUPESPP



Moura garante volta às aulas dia 1º, mas não sabe o local

A quatro dias da retomada, prefeito ainda não tomou a decisão

O destino dos 255 alunos da Fupespp (Fundação de Pesquisas, Estudos Sociais e de Políticas Públicas) de Paulínia ainda é incerto para o prefeito e presidente do Conselho Deliberativo da fundação, Edson Moura (PMDB). Ontem ele voltou a garantir a retomada das aulas a partir de 1º de agosto (terça-feira), nos mesmos moldes da instituição, porém não soube dizer o local. Os estudantes, que desarmaram acampamento, reagiram contra o posicionamento do prefeito, e estudam voltar para o campus para garantir o retorno do estudo no local.

“Os alunos vão entrar em aula (na terça-feira) nos mesmos moldes da Fupespp, mas não sei ainda”, disse o prefeito. Moura também não soube dizer se os alunos serão encaminhados para uma unidade escolar pública municipal ou privada. O presidente do Caceap (Centro Acadêmico de Comércio Exterior e Administração Pública da Fundação), Edson Sena, classificou a administração de Moura como “vexatória”. “É um posicionamento vergonhoso do presidente do Conselho Deliberativo da fundação e prefeito da cidade não saber onde vamos estudar. A administração passou de humilhante para vexatória”, disse.

O diretor-superintendente da Fupespp, João Natanael de Souza, é procurado insistentemente há duas semanas para comentar o caso, porém não é localizado e não retorna as ligações. Na prefeitura, o assunto também é desconhecido pela assessoria de imprensa. O caso Fupespp tornou-se um imbróglio a partir do anúncio da redução da carga horária dos cursos de Administração Pública e Comércio Exterior, em junho. Os alunos se manifestaram contra a mudança e iniciaram um protesto, que tomou grandes proporções e resultou no anúncio de extinção da fundação pelo prefeito.

O projeto de lei para extinção da Fupespp chegou a ser enviado à Câmara para aprovação, mas foi suspenso por Moura após uma reunião com uma comissão suprapartidária, formada por cinco deputados estaduais, que se propuseram a encontrar uma saída para reverter a extinção da fundação. Pelo que foi acertado, a comissão tem 180 dias, podendo o prazo ser prorrogado, para promover a federalização ou estadualização da fundação.

Venceslau Borlina Filho - Paulínia - Jornal TodoDia



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